Os “Grissinis” surgiram por volta de 1680, em Turim, na Itália, graças a uma história, no mínimo inusitada. Naquela época, o Duque Vittorio Amedeo II di Savoia, herdeiro ao trono do Estado Sabaudo, possuía uma saúde muito frágil, pois sofria distúrbios intestinais causados por uma doença praticamente sem cura na época, a gastrenterite bactérica.
Em razão disso, o Duque costuma a apresentar problemas quando consumia pães, pois os métodos de panificação da época eram precários e dotados de pouca higiene. Além disso, os pães costumavam ser pouco cozidos, o que contribuía com freqüentes casos de intoxicação alimentar do Duque, causadas pela contaminação de germes patogênicos intestinais.
Como o pão era um dos principais e mais apreciados alimentos da época, o Duque mandou que chamassem o padeiro da corte da Casa Savoia, Antonio Brunero di Lanzo, para resolver o impasse. Foi ai que Antonio teve uma idéia brilhante. Durante o preparo do pão tradicional (chamado de “grissa”), quando a massa em fermentação era esticada na mesa, Antonio passou a separar dela algumas pequenas tiras, com a espessura de meio polegar, e a alongá-las com o movimento dos braços, para em seguida levá-las ao forno.
Ao serem retiradas do forno, essas tiras deram origem a pequenos bastões de pão bem cozido, aliás, “bis-cozido” (a origem da palavra biscoito), com a ausência quase total de água, crocante e com a crosta dourada. O produto caiu no gosto do Duque, que além de adorar o sabor nunca mais teve problemas de gastrenterite.
Depois do restabelecimento do Duque, o “Grissino’”, como era originalmente chamado, se tornou o pão preferido da Casa Savoia e foi conhecido e apreciado pelos paladares reais da época.
Reza a lenda que ainda hoje o fantasma do Duque vaga pelos quartos do Castelo de Turim com uma mão conduzindo um cavalo e a outra erguendo um grissini incandescente.
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